quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Noções de Morfologia: elementos estruturais do verbo. Paradigmas verbais.

 Noções de Morfologia: elementos estruturais do verbo. Paradigmas verbais.

ROTEIRO N° 23
1 – TEMA: Noções de Morfologia: elementos estruturais do verbo. Paradigmas verbais.
2 – PRÉ-REQUISITO:
  • Ter concluído, com êxito, o Roteiro 22 desta série.
  • Ler com compreensão.
3 – META: Ao final do estudo, você deverá ser capaz de:
  • interpretar textos
  • identificar os elementos estruturais dos verbos e seus paradigmas
  • conjugar verbos regulares em todas as pessoas, tempo e modos
4 – PRÉ-AVALIAÇÃO: O objetivo da pré-avaliação é diagnosticar o quanto se tem conhecimento de um assunto. Para isso, basta que você responda à Auto-avaliação que está no final deste Roteiro, antes de ler qualquer texto existente nele. Se você alcançar um resultado igual ou superior a 80 pontos, não precisa estudar o assunto, pois você já o domina suficientemente. Caso contrário, vá direto para as Atividades de Estudo.
5 – ATIVIDADES DE ESTUDO: Ler com entendimento é pré-requisito para se aprender qualquer coisa através da leitura. Por isso, leia o texto do anexo A para treinar sua interpretação. Embora a leitura dos anexos em si seja também interpretação de texto, ela é voltada para uma finalidade mais específica que é a aprendizagem dos conceitos gramaticais. O texto do Anexo A é mais genérico e serve de treinamento para a compreensão geral da língua. Portanto, faça o seguinte:
a) Tenha um dicionário de Português ao seu alcance, para consultá-lo sobre as palavras que você desconhece o significado;
b) Procure um lugar sossegado para ler os textos e fazer os exercícios;
c) Leia primeiro o texto; faça em seguida os exercícios; compare suas respostas com o gabarito e veja o que errou; retorne ao texto para verificar o porquê do erro.
6 – PÓS-AVALIAÇÃO: Após ter feito o estudo dos textos e os exercícios, responda às questões propostas na Auto-avaliação. Creio que você agora, acertará todas. Caso isso não aconteça, consulte as orientações dadas nas Atividades Suplementares.
7 – ATIVIDADES SUPLEMENTARES: Se você não conseguiu alcançar 80 pontos na Pós-avaliação, volte à leitura dos textos, agora com mais atenção. Sem pressa. A leitura com compreensão é a base da aprendizagem.
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ANEXO A – INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
CHUÍ COMANDA O TRÁFEGO
Aníbal Machado
1.          Num domingo, à hora cinzenta em que terminam as festas e todos voltam meio decepcionados para casa, rugiam de impaciência os automóveis ante o sinal vermelho. Alguns farolavam  de longe, pedindo passagem. Mas o vermelho não cedia ao verde. E, com a força de seu símbolo, paralisava o tráfego.
2.          Os terríveis moleques da Praça perceberam a confusão. Chuí, o principal deles, resolve intervir. Vai para o meio do asfalto, começa a acenar aos motoristas.
3.          Que passassem! Livre estava o trânsito para a direita.
4.           – Podem vir! Não estou brincando! É verdade…
5.          Hesitaram alguns a princípio. Depois romperam. Outros os seguiram.
6.          Chuí, imponente, estende os braços para a rua principal. Os motoristas enfim acreditam nele. E a imensa massa de veículos – cadilaques, oldsmobiles, buíques, fordes e chevrolés – desfilam ao commando único do pequeno maltrapilho.
7.          Em enérgico movimento, Chuí ordena aos carros que parem. Gira o corpo, estica o braço, e manda que sigma pela esquerda os da rua principal. No que é obedecido.
8.          Passageiros e motoritas atiram moedas. Mas o improvisado inspetor, cônscio de suas responsabilidades, sabe que não pode abaixar-se para apanhá-las sem risco para o trânsito.
9.          A noite descera depressa e os combustores não se acendiam.
10.          Mais rubro na escuridão, o sinal vermelho tendo perdido a função de proibir, só confiavam os motorisrtas no braço infalível de Chuí.
11.          Quando, gritando de longe, a mãe do garoto o ameaçava com uma coça, aparece, uniformizado, um inspetor de verdade. Prende Chuí e o leva chorando para o Distrito.
12.          – Nós apanhamos as moedas para você, gritam-lhe os companheiros.
13.          Não eram as moedas que ele queria, oh! não era isso! O que Chuí queria era voltar ao tráfego, continuar submetendo aqueles carros enormes, poderosos, ao seu comando único, ao aceno do seu bracinho.
Vocabulário:
Farolavam – piscavam os faróis
Cônscio – consciente
Combustores – postes para iluminaçnao pública
Coça – surra
Marque com um x o sinônimo das palavras ou expressões grifadas:
1. Em: “Um domingo à hora cinzenta em que terminam as festas…” (par. 1) a expressão grifada significa:
a. (   ) pela madrugada               b. (   ) ao amanhecer
c. (   ) ao anoitecer                     d. (   ) durante a tarde
2. Em: “Mas o vermelho não cedia ao verde.”(par. 1) a palavra grifada significa:
a. (   ) respondia                   b. (   ) dava vez
c. (   ) prestava atenção       d. (   ) fazia sinal
3. Em: “Mas o improvisado inspetor…” (par. 8), a palavra grifada significa:
a. (   ) preparado com antecedência          b. (   ) marcado de repente
c. (   ) planejado com atenção                    d. (   ) arranjado às pressas
4. Em: “… para apanhá-las sem risco para o trânsito…” (par. 8), a expressão grifada pode ser substituída por:
a. (   ) sem medo                   b. (   ) sem perigo
c. (   ) sem importância      d. (   ) sem responsabilidade
Assinale a alternativa de acordo com o texto.
5. Do trecho: “… o vermelho não cedia. E, com a força do seu símbolo, paralisava o tr´fego. “, podemos entender que:
a. (   ) os carros estavam parados diante do sinal luminoso porque a luz vermelha era intensa e atrapalhava a visão dos motoristas
b. (   ) o sinal luminoso havia enguiçado, indicando somente o vermelho, e por isso, os carros não podiam andar
c. (   ) os motoristas não entendiam o significado da luz vermelha e, por isso, permaneciam no mesmo lugar
d. (   ) os motoristas estavam cansados e, por isso, pararam diante do sinal luminoso, esperando a luz verde.
6. O fato de Chuí ter assumido o comando do tráfego indica que ele estava querendo:
a. (   ) chamar a atenção dos motoristas
b. (   ) ajudar os motoristas
c. (   ) divertir os passageiros dos carros
d. (   ) preocupar os motoristas
7. Em relação à atitude de Chuí, os motoristas demonstram dois comportamentos diferentes no que se refere ao início e ao decorrer da história. Esses comportamentos são, respectivamente:
a. (   ) confiança e tanquilidade            b. (   ) indecisão e indiferença
c. (   ) indecisão e confiança                d. (   ) impaciência e aborrecimento
8. O trecho que mostra a seriedade com que Chuí executou o papel de guarda de trânsito é:
a. (   ) “Chuí, o principal deles, resolve intervir. Vai para o meio do asfalto, começa a acenar para os motoristas.”
b. (   ) “Mas o improvisado inspetor, cônscio de suas responsabilidades, sabe que não pode abaixar-se para apanhá-las sem risco para o trânsito.”
c. (   ) “… só confiavam os motoristas no braço infalível de Chuí.”
d. (   ) “… a imensa massa de veículo desfila ao commando único do pequeno maltrapilho.”
9. Chuí vai chorando para o Distrito porque:
a. (   ) não poderia continuar comandando o trânsito
b. (   ) não poderia apanhar as moedas
c. (   ) temia ser castigado pela mãe
d. (   ) sentia medo do inspetor
10. Ao final do incidente, Chuí demosntra ter ficado:
a. (   ) realizado              b. (   ) nervoso
c. (   ) frustrado               d. (   ) agradecido
11. Numere as frases segundo a ordem dos fatos no texto:
a. (   ) Chuí resolve intervir.
b. (   ) Os motoristas, agradecidos, atiram moedas.
c. (   ) O sinal luminoso está com defeito, os motoristas impacientam-se.
d. (   ) Os meninos percebem a confusão.
e. (   ) Os motoristas ficam indecisos em obedecer a Chuí.
f. (   ) Chuí comanda o tráfego com precisão.
g. (   ) A mãe, preocupada, ameaça castigá-lo.
h. (   ) Chuí chora de frustração.
i. (   ) Aparece um inspetor de verdade e leva Chuí para o Distrito.
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GABARITO
1. c   2. B     3. D      4. B       5. B      6. B       7. C       8. B        9. A       10. C
11.  A ordem é esta:  a. (3)    b. (6)     c. (1)    d. (2)    e. (4)     f. (5)     g. (7)     h. (9)     i. (8)
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ANEXO B – ELEMENTOS ESTRUTURAIS DO VERBO
Como em todas as palavras, em português, o verbo possui uma parte que não se modifica e que lhe fornece a base de sua significação: é o RADICAL.
Ex.: cant – o;  cant – ei;  cant – aram
A parte que se altera, reune os seguintes elementos:
  • vogal temática (a, e, i) que caracteriza cada grupo de conjugação.
Ex.: cant – a – vas  (verbo da 1ª conjugação)
  • desinência modo-temporal, que indica o modo e o tempo em que o verbo se apresenta.
Ex.: cant – a – va – s  (pretérito imperfeito do modo indicativo)
  • desinência número-pessoal, que indica a pessoa (1ª, 2ª, 3ª) e o número (singular ou plural) em que se apresenta o verbo.
Ex.: cant – a – ra – (3ª pessoa do plural – eles)
  • tema, que é a junção do radical com a vogal temática.
Ex.: canta – rei
Todo o mecanismo para se conjugar um verbo depende da combinaçnao desses três elementos. Ao analisarmos a estrutura de um verbo flexionado, podemos reconhecer esses elementos da seguinte maneira:
Cantamos:
cant = radical;     a = vogal temática;      mos = desinências    tema = canta
Resumindo:
RADICAL – é o elemento que indica o significado básico do verbo e não se altera.
VOGAL TEMÁTICA – é o elemento que caracteriza a conjugação a que pertence o verbo.
TEMA – é o radical acrescido da vogal temática, pronto para receber as desinências.
DESINÊNCIAS – são os elementos que indicam o número, a pessoa, o modo e o tempo em que se apresenta a forma verbal.
Nem sempre é possível identificar todos esses elementos nas formas verbais, porque alguns verbos sofrem verdadeiras distorções no seu radical e também nas desinências.
Vamos aos exercícios.
A. Indique os elementos estruturais (radical + vogal temática + desinências) das formas verbais abaixo:
Forma verbalradicalvogal temáticadesinências
Nós percebemos
Tu perdes
Vós partis
Tu passas
Eles conversam
Elas dividiram
Vós escrevestes
__________________________________________________________
GABARITO
Forma verbal
radical
Vogal temática
Desinências
Nós percebemos
perceb
e
mos
Tu perdes
perd
e
s
Vós partis
part
i
s
Tu passas
pass
a
s
Eles conversam
convers
a
m
Elas dividiram
divid
i
ram
Vós escrevestes
escrev
e
stes
__________________________________________________________
ANEXO C – CONJUGAÇÃO DE VERBOS. PARADIGMAS.
Conjugar um verbo é dizê-lo ou escrevê-lo em todas as pessoas, números, tempos e modos. A reunião de todas essas flexões chama-se CONJUGAÇÃO.
Como vimos no Roteiro 22, há três conjugações caracterizadas pela vogal temática.
1ª conjugação – reune todos os verbos que têm por vogal temática “ar” na sua forma original (infinitivo).
Ex: louvar; premiar; amar.
2ª conjugação – reune todos os verbos que têm por vogal temática “er” na sua forma original (infinitivo).
Ex: haver; saber; ser.
3ª conjugação – reune todos os verbos que têm por vogal temática “ir” na sua forma original (infinitivo).
Ex: medir; partir; mentir.
Os verbos flexionam-se de acordo com o paradigma de cada conjugação.
PARADIGMAS são as terminações (desinências) que se repetem para cada pessoa, número, tempo e modo relativos a cada conjugação verbal (ar, er, ir). Entretanto, existem verbos que não aceitam os paradigmas normais e criam terminações próprias.
Os verbos que não sofrem alterações no seu radical e em seus paradigmas são chamados de REGULARES e são a maioria na língua portuguesa.
A melhor forma de aprender a conjugar um verbo é tentar memorizar o paradigma da sua conjugação, principalmento dos verbos regulares, e fazer muitos exercícios orais ou escritos. E para flexionar um verbo basta juntar as terminações verbais ao radical do verbo, de acordo com a pessoa, número, tempo e modo. Não é difícil!
Abaixo damos os paradigmas de todas as conjugações de verbos regulares, tomando por modelo os verbos amar, vender e partir.
QUADRO DE CONJUGAÇÃO COMPLETA – MODO INDICATIVO
Verbos regulares
TEMPOS
pessoas
1a.
conjugação
2a.
conjugação
3a.
conjugação
Presente
EuAm – oVend – oPart – o
TuAm – asVend – esPart – es
Ele/elaAm – aVend – ePart – e
NósAm – amosVend – emosPart – imos
VósAm – aisVend – eisPart – is
Eles/elasAm – amVend – emPart – em
Pretérito
perfeito
EuAm – eiVend – iPart – i
TuAm – asteVend – estePart – iste
Ele/elaAm – ouVend – euPart – iu
NósAm – amosVend – emosPart – imos
VósAm – astesVend – estesPart – istes
Eles/elasAm – aramVend – eramPart – iram
Pretérito
imperfeito
EuAm – avaVend – iaPart – ia
TuAm – avasVend – iasPart – ias
Ele/elaAm – avaVend – iaPart – ia
NósAm –ávamosVend –íamosPart –íamos
VósAm – áveisVend – íeisPart – íeis
Eles/elasAm – avamVend – iamPart – iam
Pretérito mais que perfeito
EuAm – araVend – eraPart – ira
TuAm – arasVend – erasPart – iras
Ele/elaAm – araVend – eraPart – ira
NósAm –áramosVend –êramosPart –íramos
VósAm – áreisVend – êreisPart – íreis
Eles/elasAm – aramVend – eramPart – iram
Futuro do presente
EuAm – areiVend – ereiPart – irei
TuAm – arásVend – erásPart – irás
Ele/elaAm – aráVend – eráPart – irá
NósAm –aremosVend –eremosPart –iremos
VósAm – areisVend – ereisPart – ireis
Eles/elasAm – arãoVend – erãoPart – irão
Futuro do pretérito
EuAm – ariaVend – eriaPart – iria
TuAm – ariasVend – eriasPart – irias
Ele/elaAm – ariaVend – eriaPart – iria
NósAm –aríamosVend –eríamosPart –iríamos
VósAm – aríeisVend – eríeisPart – iríeis
Eles/elasAm – ariamVend –eriamPart – iriam
QUADRO DA CONJUGAÇÃO COMPLETA – MODO SUBJUNTIVO
Verbos regulares
TEMPOS
PESSOA
1a.
conjugação
2a.
conjugação
3a.
conjugação
Presente
(que)
EuAm – eVend – aPart – a
TuAm – esVend – asPart – as
Ele/elaAm – eVend – aPart – a
NósAm – emosVend – amosPart – amos
VósAm – eisVend – aisPart – ais
Eles/elasAm – emVend – amPart – am
Pretérito perfeito (que)
(conjuga-se com o verbo auxiliar + particípio do verbo principal)
EuTenha amadoTenha vendidoTenha partido
TuTenhas amadoTenhas vendidoTenhas partido
Ele/elaTenha amadoTenha vendidoTenha partido
NósTenhamos amadoTennhamos vendidoTenhamos partido
VósTenhais amadoTenhais vendidoTenhais partido
Eles/elasTenham amadoTenham vendidoTenham partido
Pretérito imperfeito
(se)
EuAm – asseVend – essePart – isse
TuAm – assesVend – essesPart – isses
Ele/elaAm – asseVend – essePart – isse
NósAm – ássemosVend – êssemosPart – íssemos
VósAm – ásseisVend – êsseisPart – ísseis
Eles/elasAm – assemVend – essemPart – issem
Pretérito mais que perfeito
(se)
(conjuga-se com o verbo auxiliar + particípio do verbo principal)
EuTivesse amadoTivesse vendidoTivesse partido
TuTivesses amadoTivesses vendidoTivesses partido
Ele/elaTivesse amadoTivesse vendidoTivesse partido
NósTivéssemos amadoTivéssemos vendidoTivéssemos partido
VósTivésseis amadoTivésseis vendidoTivesseis partido
Eles/elasTivessem amadoTivessem vendidoTivessem partido
Futuro
(se/quando
EuAm – arVend – erPart – ir
TuAm – aresVend – eresPart – ires
Ele/elaAm – arVend – erPart – ir
NósAm – armosVend – ermosPart – irmos
VósAm – ardesVend – erdesPart – irdes
Eles/elasAm – aremVend – eremPart – irem
Obs.: O pretérito perfeito e o mais-que-perfeito do subjuntivo só aparecem na forma composta, isto é, sempre com um verbo auxiliar + particípio do verbo principal
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EXERCÍCIOS.
A. Preencha a lacuna com a forma verbal solicitada:
1. O trem _________ logo. (chegar – presente do indicativo)
2. Ana ___________  leite. (beber – presente do indicativo)
3. Tu ____________  em Itu. (morar – presente do indicativo)
4. Tu ____________  esta lata. (abrir – pretérito perfeito do indicativo)
5. Eu não ________   serviço. (achar – pretérito perfeito do indicativo)
6. Ele ___________   asneira. (falar – pretérito perfeito do indicativo)
7. Eles ___________ a luta. (vencer – pretérito perfeito do indicativo)
8. Ninguém nos __________. ( avisar – pretérito perfeito do indicativo)
9. Vós já _________ a situação. (perceber – pretérito perfeito do indicativo)
10. Espero que tu não ________ os tapetes da casa. (sujar – presente do subjuntivo)
11. Queremos que tu ________ esse campeonato. (vencer – presente do subjuntivo)
12. Jamais acreditarei que Juca ________ qualquer coisa. (roubar – presente do subjuntivo)
13. É importante para o artista que nós o ____________ (aplaudir – presente do subjuntivo)
14. O povo ficará triste se vós ___________ às promessas. (faltar – futuro do subjuntivo)
15. Avisa-me quando tu ____________ do Japão. (regressar – futuro do subjuntivo)
16. Se ____________ esta casa, não compraremos outra. (vender – futuro do subjuntivo)
17. Nunca imaginei que nesse passeio nós nos _______________ tanto. (cansar – pretérito imperfeito do subjuntivo)
18. Não espera que os rapazes _________________ o que prometeram. (cumprir – pretérito imperfeito do subjuntivo)
19. Se nós _____________ o prêmio, teríamo-lo recebido na solenidade. (merecer – pretérito imperfeito do subjuntivo)
20. Eu não _____________ que esta tarefa era tão difícil. (imaginar – pretérito imperfeito do indicativo)
21. Eles ____________ uma repreensão. (merecer – pretérito imperfeito do indicativo)
22. Ela jamais _____________ esse trabalho sem minha ajuda. (terminar – futuro do pretérito do indicativo)
23. Ele estava _____________ a porta quando foi ____________ pela mãe. (abrir – gerúndio)    (chamar – particípio)
24. A polícia está ___________ três ladrões, mas um já foi ___________. (procurar – gerúndio)  (achar – particípio)
B. Conjugue os verbos poupar, viver e proibir no futuro do presente do indicativo.
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GABARITO.
Questão A.
1. chegará               2. bebe                    3. moras                     4. abriste                  5. achei            6. falou                      7. venceram
8. avisou                 9. percebestes      10. sujes                      11. venças                12. roube          13. aplaudamos      14. faltardes
15. regressares     16. vendermos      17. cansássemos       18. cumprissem     19. merecêssemos          20. imaginava
21. mereciam         22. terminaria     23. abrindo – chamado        24. procurando -  achado
Questão B
Eu pouparei                    eu viverei                   eu proibirei
Tu pouparás                   tu viverás                   tu proibirás
Ele poupará                   ele viverá                    ele proibirá
Nós pouparemos           nós viveremos          nós proibiremos
Vós poupareis                vós vivereis              vós proibireis
Eles pouparão               eles viverão               eles proibirão
____________________________________________________________
AUTO-AVALIAÇÃO
A. Indique os elementos estruturais (radical + vogal temática + desinências) das formas verbais abaixo:
Forma verbalradicalvogal temáticadesinências
Nós percebemos
Tu perdes
Vós partis
Tu passas
Eles conversam
Elas dividiram
Vós escrevestes
B. Preencha a lacuna com a forma verbal solicitada:
1. O trem _________ logo. (chegar – presente do indicativo)
2. Ana ___________  leite. (beber – presente do indicativo)
3. Tu ____________  em Itu. (morar – presente do indicativo)
4. Tu ____________  esta lata. (abrir – pretérito perfeito do indicativo)
5. Eu não ________   serviço. (achar – pretérito perfeito do indicativo)
6. Ele ___________   asneira. (falar – pretérito perfeito do indicativo)
7. Eles ___________ a luta. (vencer – pretérito perfeito do indicativo)
8. Ninguém nos __________. ( avisar – pretérito perfeito do indicativo)
9. Vós já _________ a situação. (perceber – pretérito perfeito do indicativo)
10. Espero que tu não ______os tapetes da casa. (sujar – presente do subjuntivo)
11. Queremos que tu _______esse campeonato. (vencer – presente do subjuntivo)
12. Jamais acreditarei que Juca _________qualquer coisa. (roubar – presente do subjuntivo)
13. É importante para o artista que nós o ______(aplaudir – presente do subjuntivo)
14. O povo ficará triste se vós ______às promessas. (faltar – futuro do subjuntivo)
15. Avisa-me quando tu ___________ do Japão. (regressar – futuro do subjuntivo)
16. Se _______esta casa, não compraremos outra. (vender – futuro do subjuntivo)
17. Nunca imaginei que nesse passeio nós nos _______________ tanto. (cansar – pretérito imperfeito do subjuntivo)
18. Não espera que os rapazes _________________ o que prometeram. (cumprir – pretérito imperfeito do subjuntivo)
19. Se nós _____________ o prêmio, teríamo-lo recebido na solenidade. (merecer – pretérito imperfeito do subjuntivo)
20. Eu não _____________ que esta tarefa era tão difícil. (imaginar – pretérito imperfeito do indicativo)
21. Eles ___________uma repreensão. (merecer – pretérito imperfeito do indicativo)
22. Ela jamais _____________ esse trabalho sem minha ajuda. (terminar – futuro do pretérito do indicativo)
23. Ele estava _____________ a porta quando foi ____________ pela mãe. (abrir – gerúndio)     (chamar – particípio)
24. A polícia está ___________ três ladrões, mas um já foi ___________. (procurar – gerúndio)      (achar – particípio)
C. Conjugue os verbos poupar, viver e proibir no futuro do presente do indicativo.
________________________________________________________________________________
Atribua 1,5 pts para cada resposta correta. Parabéns, se você tiver 80% de acertos.
Gabarito
Questão A.
Forma verbalradicalVogal temáticaDesinências
Nós percebemospercebemos
Tu perdesperdes
Vós partispartis
Tu passaspassas
Eles conversamconversam
Elas dividiramdividiram
Vós escrevestesescrevestes
Questão B.
1. chegará                    2. bebe                  3. moras                          4. abriste
5. achei                        6. falou                  7. venceram                     8. avisou
9. percebestes           10. sujes                11. venças                       12. roube
13. aplaudamos           14. faltardes           15. regressares               16. vendermos
17. cansássemos         18. cumprissem     19. merecêssemos          20. imaginava
21. mereciam                22. terminaria        23. abrindo – chamado    24. procurando -  achado
Questão C
Eu pouparei                    eu viverei                  eu proibirei
Tu pouparás                   tu viverás                tu proibirás
Ele poupará                   ele viverá                 ele proibirá
Nós pouparemos           nós viveremos          nós proibiremos
Vós poupareis                vós viveveis              vós proibireis
Eles pouparão               eles viverão             eles proibirão
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LEITURA REFLEXIVA
ERROS QUE DIVERTEM E ENSINAM
Vários profissionais têm reunido casos antológicos de falhas graves ou pequenos desacertos de colegas, mantendo o anonimato da autoria, pois o propósito de tais coletâneas é corrigir os erros e evitar sua repetição, sem tripudiar sobre quem os cometeu.
Há grande diferença entre erro e deslize em português, assim como em Direito e Medicina. Uma coisa é errar o tempo e a conjugação de um verbo, a colocação de um pronome ou de um advérbio. Outra, bem dife-rente, é levar alguém à prisão ou à morte por tal incompetência.
Já ouvi que em nossas leis, que se dividem entre as que “pegam” e as que “não pegam”, os verbos estão no futuro e este nunca chega: “o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor”, diz o artigo XXXII de nossa Constituição. Quando? Vale para os serviços 0800 e para as companhias telefônicas e provedores de Internet? O cidadão quer saber!
São frequentes os deslizes de língua portuguesa no exercício das profissões, mas, embora não pareça, poucos são tão rigorosos consigo mesmos como os advogados. Ainda que diplomados em centros de excelência, nenhum deles pode exercer a profissão se não for aprovado em exames nacionais aplicados pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Como já são proverbiais algumas besteiras proferidas em documentos judiciários – mais abundantes em petições do que em sentenças, por razões óbvias – algumas publicações, dirigidas por advogados, tentam corrigir a situação, como é o caso da revista Redação Jurídica, publicada em Niterói com o apoio da OAB.
A de número 13 tem um curioso artigo de Davi da Silva Sá que reúne, sob o título “Folclore Jurídico”, trechos extraídos do mundo judiciário. Eis alguns exemplos:
  • “Xingavam a todos com palavras de baixo escalão”.
  • “Encontramos a vítima caída ao solo, aparentando ter cometido um homicídio contra si mesmo”.
  • “Constava um objeto apreendido: duas latas de cera Odd e uma lata de cera ppO”.
Os redadores, nos dois primeiros casos, confundiram “baixo calão”, equivalente a palavras vulgares, com “baixo escalão” (as mais baixas posições numa hierarquia militar ou civil), e suicídio com homicídio. No terceiro caso, o redator pensou que uma das duas latas, que ele se referiu como “um objeto”, fosse de marca diferente. Não era. Estava apenas de cabeça para baixo. A lata, não o redator.
Nascido do latim, o português guarda em seu vocabulário “pensamentos recônditos, intenções torcidas, ódios secretos”, como diz Machado de Assis em Várias histórias.
Certa vez o signatário, buscando entrevistar um juiz, recebeu convite para assistir a uma audiência. Um dos querelantes – palavra que veio do latim querella, queixa, amparada na forma verbal queror, gritar – usava toda hora o verbo judiar com o significado de maltratar. E o juiz era judeu! Em resumo, ofendia sem querer as ancestralidades da etnia, sem racismo nenhum, apenas por descuido. Cometia, pois, um deslize em sua argumentação.
Significados ocultos podem, entretanto, ser rastreados se pesqui-sarmos a viagem que as palavras fizeram até chegar ao português. Nem todos os significados são explícitos, alguns estão ocultos no seio dos vocábulos. São seios que não usam sutiãs, como os seios da face (expressão corrente em Medicina), o seio da família e o seio da liberdade, este ultimo definido como cidadela de resistência no Hino Nacional: “em teu seio, ó liberdade, desafia o nosso peito a própria morte”.
De todo o expostp, ex positis, concluímos: os profissionais precisam estudar português! E talvez um pouco de latim também, quod erat demons-trandum.
(Deonísio da Silva. A Língua Nossa de Cada Dia. Osasco, São Paulo, Editora Novo Século, 2007)

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