quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Noções de História da Língua Portuguesa

Noções de História da Língua Portuguesa

LIÇÕES DE PORTUGUÊ
I – TEMA: Noções de História da Língua Portuguesa
II – PRÉ-REQUISITOS: Ler compreensivamente
III – META: As atividades deste roteiro de estudo foram organizadas com o objetivo de permitir a localização histórica e geográfica da Língua Portuguesa através dos tempos, desde a sua origem até aos dias atuais.
IV – PRÉ-AVALIAÇÃO: Antes de ler as Atividades de Estudos, responda às questões propostas na Auto-Avaliação. Ela é o termômetro que vai medir a profundidade do seu conhecimento quanto ao assunto desta lição. Se você obtiver um mínimo de 80 pontos, parabéns! Você não precisa estudar esta lição. Caso contrário, aconselho que leia com bastante atenção as atividades de estudo, procurando entender as explicações dadas, referentes às questões que você não respondeu corretamente.
V – ATIVIDADES DE ESTUDO: Ler com entendimento é pré-requisito para se aprender qualquer coisa através da leitura. Portanto, faça o seguinte:
1. Tenha um dicionário de Português ao seu alcance para consultá-lo sobre as palavras que você desconhece o sentido.
2. Leia sem pressa. Procure um lugar sossegado para ler os textos e fazer os exercícios. Lembre-se: a pressa é inimiga da perfeição! Aquilo que você entender, jamais esquecerá!
3. Leia primeiro os textos; faça os exercícios logo em seguida, seguindo a ordem dos Anexos; compare suas respostas com o gabarito; veja o que errou e retorne ao texto para verificar o porquê do erro.
VI – PÓS-AVALIAÇÃO: Após ter feito a leitura compreensiva dos textos e feitos os exercícios, responda às questões da avaliação proposta na Pré-Avaliação. Creio que agora você acertará todas. Caso isso não aconteça, consulte as orientações dadas nas Atividades Suplementares.
VII – ATIVIDADES SUPLEMENTARES: Se você não conseguiu alcançar 80 pontos na Pós-Avaliação, não desanime. Volte à leitura dos textos. Sem pressa. Tenha ao seu lado um dicionário para consultar o significado de algumas palavras que você não conhece. O dicionário não é o “pai dos burros” e sim, dos inteligentes, pois são os inteligentes que não perdem tempo (e nem dinheiro!). A leitura com entendimento é a base da aprendizagem.
ANEXO A – O LATIM E AS CONQUISTAS ROMANAS
A língua portuguesa originou-se do latim, que era a língua oficial do antigo Império Romano.
De início, simples falar de um povo de cultura rústica, que vivia no centro da Península Itálica, (o Lácio, veja no mapa), a língua latina, veio com o tempo, a desempenhar um papel importante na história da civilização ocidental.
Foram as vitórias do exército romano e o espírito de organização de seus líderes políticos que ampliaram econsolidaram o enorme império que, no auge de sua expansão, ia da Lusitânia à Mesopotâmia, e do Norte da África à Grã-Bretanha (veja o mapa).
Ao mesmo tempo em que estendiam os seus domínios, os romanos levavam seus hábitos de vida, as suas instituições, os padrões de sua cultura. Em contacto com outras terras, outras gentes e outras civilizações, ensinavam, mas também aprendiam. Aprenderam, por exemplo, muito com os gregos. Por isso é que até hoje, temos palavras de origem grega incorporadas ao léxico português.
Vocabulário
Rústica – tosca, simples, primitiva
Consolidaram – do verbo consolidar; tornar sólido, seguro, firme
Léxico – conjunto de palavras usadas numa língua
EXERCÍCIOS
Responda a questão abaixo, tomando por base o texto acima.
Coloque V ou F, nos parênteses, conforme seja verdadeira ou falsa a afirmação:
a. (   ) A língua portuguesa originou-se do latim que era a língua oficial do Império Romano.
b. (   ) O latim sempre foi uma língua erudita falada inicialmente pela elite dos povos que habitavam a Península Itálica.
c. (   ) O latim foi uma das línguas que mais influenciou a história dos povos ocidentais.
d. (   ) Os romanos conseguiram ampliar e firmar seu poder e seu império geográfico graças ao seu espírito de organização política, mas não conseguiram impor aos povos conquistados a sua língua e a sua cultura.
e. (   ) A maioria das palavras que usamos hoje, no português, é de origem latina e grega.
GABARITO: a. (V)    b.( F)     c. (V)     d. (F)         e. (V)
ANEXO B – O LATIM CLÁSSICO E O LATIM VULGAR
Podemos distinguir duas formas no latim: O Latim Clássico ou Literário, que era usado pelas pessoas cultas e pela classe dominante (poetas, filósofos, políticos) e o Latim Vulgar, que era a língua utilizada pelas pessoas do povo. Isto começou a acontecer a partir do século III a.C., por causa da influência da cultura grega sobre os romanos.
O Latim Clássico, escrito e falado com intenções artísticas, foi sendo aperfeiçoado até atingir uma perfeição tal que foi se distanciando cada vez mais do outro latim, o vulgar, que era usado na comunicação diária pelos mais variados grupos sociais da Itália e de outras localidades.
Foi esse latim (o vulgar), falado pelo povo e principalmente pelos soldados romanos, que chegou às regiões conquistadas da Península Ibérica (atualmente Portugal e Espanha) e que deu origem às chamadas línguas românicas.
Vocabulário
Literário – relativo à literatura; latim literário refere à linguagem usada para
compor trabalhos em prosa e verso
vulgar – trivial, popular
EXERCÍCIOS
Responda às perguntas abaixo, tomando por base o texto do Anexo B.
1. O que você entende por Latim Clássico?
2. O que era o Latim Vulgar?
3. Por que havia dois tipos de Latim?
4. O que você entende por línguas românicas?
GABARITO:
  1. Tipo de linguagem, dentro do latim, usada pela elite romana (poetas, filósofos e políticos); é como se fosse o português culto dos nossos dias que é diferente do português falado pelo povo inculto.
  2. Era a linguagem usada pelo povo na comunicação diária, durante o período do Império Romano.
  3. Por causa da influência da civilização grega sobre os romanos. Os gregos eram um povo altamente culto e isto acabou fazendo com que os romanos também absorvessem a cultura grega.
  4. Foram as línguas que se originaram do Latim vulgar em virtude do entrelaçamento desta língua com a língua dos povos conquistados., principalmente na região da Península Ibérica.
ANEXO C – AS LÍNGUAS ROMÂNICAS
O domínio cultural e político dos romanos no mundo conhecido, a partir do século III a.C., impôs aos povos conquistados, principalmente a sua língua.
É fácil concluir que, falado em tamanha área geográfica, por povos e raças tão diferentes, o latim vulgar não poderia conservar sua já precária unidade. Nas cidades mais importantes, o latim ensinado e mais difundido era o latim clássico ou padrão literário. Mas no campo, vilas e aldeias, a língua tomava outra feição. Misturando-se aos outros falares existentes, deu origem a vários dialetos que foram chamados de romanços.
Esses dialetos foram, com o tempo, modificando-se até se transformarem em novas línguas. A partir do século III d.C. podemos afirmar que o latim não mais existia como unidade lingüística do Império Romano.
Damos o nome de neolatinas às línguas que se originaram do Latim Vulgar. Entre elas podemos citar o espanhol, o francês, o italiano, o romeno e o português.
Vocabulário
Precária – débil, delicada, frágil
Feição – forma, aspecto, jeito
Dialeto – variedade regional de uma língua
EXERCÍCIOS
Complete as lacunas:
a)    Os _______________ dominaram o mundo conhecido a partir do século III a.C.
b)   A língua oficial dos romanos, o __________ espalhou-se por uma grande área geográfica por causa das ______________ do exército romano.
c)    O latim ensinado e mais difundido nas cidades mais importantes era o ________________, enquanto que o latim _____________ era falado pelos camponeses e soldados.
d) A mistura do latim vulgar com os falares dos povos conquistados deu origem a vários _________________ chamados ___________________
e) Os dialetos originados do _________ Vulgar, que se transformaram em língua, são conhecidos, hoje, como línguas ____________________
f) As línguas neolatinas mais conhecidas são:_______________, ______________, _________________, ______________ e _________
GABARITO:
a)     romanos
b)    latim; conquistas
c)     latim clássico ou literário; vulgar
d)    dialetos; romanços
e)     Latim; neolatinas
f)      Espanhol, francês, italiano, romeno e o português.

ANEXO D – A LÍNGUA PORTUGUESA PRIMITIVA E SUA EXPANSÃO
Os romanos chegaram à Península Ibérica durante o século III a.C.
Não se sabe muita coisa a respeito dos povos que a habitavam nesse tempo. Havia uma grande mistura racial: celtas, fenícios, gregos. Como vimos anteriormente, os romanos, como povo conquistador, impunha aos povos conquistados sua cultura e, principalmente, sua língua.
A romanização da Península Ibérica foi se processando aos poucos, mas de maneira permanente, de modo que, mesmo após a queda do Império Romano, a língua já se encontrava enraizada entre os povos que a habitavam. Outros povos dominaram a Península Ibérica depois dos romanos: os germânicos (vândalos, suevos, alanos e visigodos) e os árabes.
Mas nenhum desses conseguiu fazer desaparecer os fortes traços da civilização romana, principalmente os da língua.
Foi durante o domínio árabe que se acentuaram as características dos romanços falados na Península Ibérica. Na região compreendida entre o Rio d’Ouro e Minho havia uma unidade lingüística que se conservou homogênea até meados do século XIV – o galego-português. Datam do século XIII os primeiros documentos que chegaram até nós redigidos em galego-português. A partir daí é que se inicia a fase histórico-documental do português.
O povo ibérico que surgiu (portugueses e espanhóis) herdaram dos romanos, além da língua, o gosto pelas conquistas. Os portugueses ampliaram enormemente o império da sua língua, que foi levada para os territórios que iam sendo conquistados. A expansão marítima levou a língua portuguesa a vários cantos do mundo:
Europa – Portugal, Ilhas dos Açores e Ilha da Madeira
Ásia – Macau, Goa
África – Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Ilhas do Cabo Verde, São Tomé e Príncipe
América – Brasil
Oceania – Timor Leste
A língua portuguesa é falada por aproximadamente duzentos milhões de pessoas, o que equivale dizer que ocupa o 5º. lugar entre as línguas mais faladas no mundo.
Vocabulário
Península – porção de terra cercada de água por todos os lados, menos por
um lado, que o liga à outra porção maior de terra.
Racial – relativo à raça; conjunto de características corporais semelhantes e
transmitidas por hereditariedade.
Traços – vestígios, aspectos, rasto, características
Homogênea – igual, sem ou com pouca alteração
EXERCÍCIOS.
Informe o que se pede:
1. Região da Europa Ocidental que os romanos dominaram a partir do século III a.C.  _________________________
2. Um dos povos ibéricos que surgiu depois do domínio romano, germânico e árabe. _______________________
3. Foi durante o domínio _______ que os romanços mais se acentuaram.
4. Povo que espalhou sua língua pelo mundo através de viagens marítimas durante o século XV.______________
5. Grupo de povos germânicos que dominou a Península Ibérica depois dos romanos. ______________
6. Nome da língua primitiva que predominou na região onde hoje é Portugal até meados do século XIV. ___________
7. Um dos lugares da Ásia onde hoje é falado o português. _____________
8. Uma das línguas que teve origem no Latim Vulgar. __________________
9. País da América cuja língua oficial é o português. ___________________
GABARITO:
  1. Península Ibérica
  2. portugueses ou espanhóis
  3. árabe
  4. portugueses ou espanhóis
  5. qualquer um desses: vândalos, suevos, alanos, ou visigodos
  6. galego-português
  7. Qualquer um desses: Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Ilhas do Cabo Verde, São Tomé e Príncipe.
  8. Qualquer uma dessas: português, francês, espanhol, italiano, romeno
  9. Btasil
AUTO-AVALIAÇÃO
Leia o texto abaixo para responder à questão 1.
NÃO EXISTEM LÍNGUAS IMUTÁVEIS
Uma das coisas que aprendemos na escola é que o Português veio do Latim. Ou seja, que o Português é uma língua que não foi sempre o Português, não foi sempre como é.
Se estudássemos um pouco mais esse tipo de assunto aprenderíamos que também o Latim é uma língua que veio de outras línguas, e que o Latim provavelmente não foi a língua falada pelos primeiros seres humanos. Isto é:
a)     o Latim não é uma língua totalmente pura;
b)    o Latim também é uma língua que não permaneceu sempre igual a si mesma, qualquer que seja o estágio escolhido para análise;
c)     as coisas não terminam com exemplo em Latim.
Os fatos, grosseiramente, são da seguinte ordem:
1)     o Latim nem sempre foi o Latim de Cícero, César, Virgílio, etc. Antes de sê-lo, foi uma língua “pouco cultivada”. Em primeiro lugar, apenas falada; em segundo, falada principalmente por pessoas não cultas, pois não havia “no início” do Latim tais pessoas cultas, como ocorreu mais tarde;
2)     depois de ter sido a língua de César, Cícero, etc. o Latim mudou tanto que, entre outras coisas, veio a ser o Francês, o Italiano, o Espanhol, o Português, etc.
Ora, o que ocorreu com o Latim não ocorreu por castigo ou por azar. Ocorreu com outras línguas, Como o Alemão, o Inglês, o Grego, o Português. Na verdade, com todas as línguas, e continua ocorrendo. Não há língua que permaneça uniforme. Todas as línguas mudam. Esta é uma das poucas verdades indiscutíveis em relação às línguas, sobre a qual não pode haver nenhuma dúvida.
[...] não há razão de ordem científica para exigir que alunos – ou outras pessoas – conheçam formas arcaicas, que nunca ouvem e que são raras mesmo nos textos escritos mais correntes. Dito de outro modo: se temos claro que as línguas mudam, fica claro também porque os falantes não conhecem certas formas lingüísticas: é que elas não são mais usadas na época em que os falantes se tornam falantes. Se não são mais usadas, não são ouvidas. Se não são ouvidas (e ouvidas muitas vezes), não podem ser aprendidas.
Nós nos acostumamos a pensar que há formas da língua que não são mais usadas, que só os dicionários registram e, por isso são chamadas de arcaísmos. Mas nos acostumamos também a pensar que os arcaísmos são sempre formas realmente antigas.
Ora, isso é um engano. Há arcaísmos mais arcaicos do que outros. Há muitas formas que nós eventualmente pensamos que ainda são vivas, porque são ensinadas na escola e por isso são utilizadas eventualmente, mas, na verdade, já estão mortas, ou quase, porque não são mais usadas regularmente.
POSSENTI, Sírio. Por que (não) ensinar gramática na escola.

1) Coloque F ou V dentro dos parênteses, conforme sejam falsas ou verdadeiras as afirmações abaixo, de acordo com o ponto de vista do texto:
a. (   ) O Português, de certo modo, é o resultado das alterações do Latim.
b. (   ) Mudar é da própria natureza das línguas.
c. (   ) Os falantes incultos são responsáveis pela maior parte das mudanças lingüísticas.
d. (   ) Só podem ser espontaneamente aprendidas as formas lingüísticas vivas.
e. (   ) É arcaísmo a forma lingüística que deixou de ser usada regularmente.
f.  (   ) É arcaísmo a maioria das formas prescritas pela gramática tradicional.
g. (   ) É verdadeiramente arcaica apenas a forma dicionarizada como tal.
h. (   ) Arcaísmos são as formas a que os falantes cultos deixaram de recorrer.
2) Coloque F ou V, conforme seja falsa ou verdadeira a afirmação:
a.(   ) A língua portuguesa originou-se do latim que era a língua oficial do Império Romano.
b.(   ) O latim sempre foi uma língua erudita falada inicialmente pela elite dos povos que habitavam a Península Ibérica.
c.(   ) O latim foi uma das línguas que mais influenciou a história dos povos ocidentais.
d.(   ) Os romanos conseguiram ampliar e firmar seu poder e seu império geográfico graças ao seu espírito de organização política, mas não conseguiram impor aos povos conquistados a sua língua e a sua cultura.
e.(   ) A maioria das palavras que usamos hoje, no português, é de origem latina e grega.
3. Responda por escrito:
a. O que você entende por Latim Clássico?
b. O que era o Latim Vulgar?
c. Por que havia dois tipos de Latim?
d. O que são línguas românicas?
4. Preencha as lacunas, utilizando algumas das palavras que se encontram dentro do quadro abaixo:
Dialetos – latim – romanos – conquistas – gregos – espanhol – germânicos - Clássico – romanços – vulgar – romanização – francês – árabes – romeno - Italiano – Império Romano  – português -  galego-português – neolatinas
a) Os _______________ dominaram o mundo conhecido a partir do século III a.C.
b) A língua oficial dos romanos, o ____________ espalhou-se por uma grande área    geográfica por causa das ___________________ do exército romano.
c) O latim ensinado e mais difundido nas cidades mais importantes era o ______________, enquanto que o Latim ____________ era falado pelos camponeses e soldados.
d) A mistura do Latim Vulgar com os falares dos povos conquistados deu origem a vários _________________ chamados _________________
e) Os dialetos originados do _________Vulgar, que se transformaram em língua, são conhecidos, hoje, como línguas ___________________.
f) As línguas neolatinas mais conhecidas são: __________________, ________________, ___________________, ___________________ e ___________________.
5. Informe o que se pede:
a) Região da Europa Ocidental que os romanos dominaram a partir do século III a.C. ________________
b) Um dos povos ibéricos que surgiu depois do domínio romano, germânico e árabe.__________________________
c) As características dos romanços falados na Península Ibérica se acentuaram durante o domínio ____________
d) Povo que espalhou sua língua pelo mundo através de viagens marítimas durante o século XV. ________________
e) Um dos grupos dos povos germânicos que dominou a Península Ibérica depois dos romanos.__________________
f) Nome da língua primitiva que predominou na região onde hoje é Portugal, até meados do século XIV.____________
g) Um dos lugares da África onde hoje é falado o português. ____________________
h) Nome do país da América onde o português é a língua oficial. __________________
i) Os primeiros registros conhecidos da Língua Portuguesa datam do século_________
GABARITO:
Questão 1. a.(V)  b.(V)  c.(F)   d.(V)   e.(V)   f.(F)  g.(F)   h.(F)
Questão 2. a.(V)  b.(F)  c.(V)   d.(F)   e.(V)
Questão 3.
a) Tipo de linguagem, dentro do Latim, usada pela elite romana (poetas, filósofos e políticos).
b) Era a linguagem usada pelo povo na comunicação diária, durante o período do Império Romano.
c) Por causa da influência da civilização grega sobre os romanos. Os gregos eram um povo culto e isto acabou fazendo com que romanos também absorvessem a cultura grega.
d) São línguas que se originaram do latim Vulgar.
Questão 4.
a) romanos
b) latim; conquistas
c) clássico ou literário; vulgar
d) dialetos; romanços
e) latim; neolatinas
f) espanhol, francês, italiano, romeno e português
Questão 5.
a) Península Ibérica
b) portugueses ou espanhóis
c) árabe
d) portugueses
e) vândalos, ou suevos, ou alanos, ou visigodos
f) galego-português
g) qualquer um desses: Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Ilhas do Cabo Verde, São Tomé e Príncipe.
h) Brasil
i) século XIII.
Faça sua auto-correção, atribuindo 2,5 pontos para cada acerto. Se você obteve um mínimo de 80 pontos, está apto(a) para seguir em frente. Caso contrário, leia as orientações das Atividades Suplementares.
LEITURA SUPLEMENTAR
FILHAS DA MESMA MÃE…
Mas, o que é o latim?
Já vimos que a língua é viva e se modifica constantemente. Por causa dessas modificações, uma língua quase sempre, é o resultado de alterações de outra falada anteriormente. Esse parentesco permite reunir as línguas em grupos ou famílias. As línguas européias e algumas asiáticas, por exemplo, teriam feito parte de um grupo chamado indo-europeu. Tribos indo-européias teriam ocupado o norte da Itália e desenvolvido ali uma língua própria, dando origem a algumas variedades lingüísticas. Entre essas variedades, surge o Latim.
Com o passar do tempo, o latim se impõe às demais variantes e se torna a língua oficial dos romanos, falada em todo o império. O latim também tinha suas variantes, e de uma delas – o latim popular (também chamado de latim vulgar), falado pela maioria das pessoas – surgem as chamadas língua românicas, dentre as quais destacamos o português, o espanhol e o italiano. É por isso que essas línguas são tão parecidas: elas são “filhas” da mesma “mãe”.
AS ORIGENS DA LÍNGUA PORTUGUESA
O povo português resulta da mistura de vários povos e de suas culturas, por mais de dez mil anos: celtas, iberos, fenícios, gregos, cartagineses, romanos, germânicos, árabes. Nesse verdadeiro caldo cultural, no entanto, destaca-se uma influência maior: a dos romanos e de seu império.
Ao chegar à Península Ibérica, por volta do ano 200 a.C., os romanos encontraram povos com idiomas influenciados pelos celtas, iberos, fenícios, gregos e cartagineses. Sete séculos mais tarde, quando o império decaiu e a região deixou de ser província de Roma, as legiões de soldados se foram, deixando para trás todo um povo que, agora, tinha como língua o latim.
Em certo período de sua longa história – por volta do ano 600 a 800 d.C. – essa língua passou a ser dividida no que quase poderíamos chamar de dois “latins” diferentes. Um era o latim clássico, cuja maior expressão encontrava-se na escrita, embora um número reduzido de pessoas o utilizassem normalmente. O outro, o latim popular, apenas falado, era usado pela maioria das pessoas. Do latim popular originou-se a língua portuguesa.
Quando deixou de ser romana, a região que os mapas de hoje chamam de Portugal passou a ser dominada por povos de origem germânica que chegaram por volta do século V e em breve já estavam, também eles, falando… latim! Os povos da região se unificaram, depois de um longo processo, em torno do cristianismo. Por isso, quando os muçulmanos ocuparam a península no século VIII, começou uma série de lutas entre os cristãos (que se refugiaram no norte da península) e os mulçumanos (centrados no sul).
A história dos séculos seguintes foi a história dessas lutas, em que lentamente os cristãos iam empurrando a linha de dominação mulçumana cada vez mais para baixo. Esses cristãos não eram, no entanto, um bloco único reunido sob um só governante: ao mesmo tempo em que brigavam contra os mulçumanos, brigavam também entre si. Dessa briga interna nasceu Portugal. Com a vizinha Espanha, Portugal mantinha uma relação de “amor e ódio”. As guerras se alternavam com tentativas de unificação em que não faltaram casamentos entre herdeiros importantes dos dois países. Naqueles tempos, paixão e afinidade eram coisas que pouco contavam na definição de quem se casaria com quem…
Espanhóis de um lado, mulçumanos do outro, esses primeiros portugueses iam construindo a sua história – e a sua língua. O latim popular falado na época, também chamado romanço, foi passando por várias fases, adquirindo características regionais, transformando-se em dialetos diversos. Na Península Ibérica várias línguas e dialetos se formaram a partir do romanço, como o castelhano, o catalão e o galego-português.
O galego-português foi o ancestral mais próximo do português contemporâneo. Ele era falado nos atuais territórios da Galiza (uma região da Espanha) e de Portugal e foi se diferenciando aos poucos. Logo, já são grandes as diferenças entre o Galego (que se torna um dialeto espanhol na região da Galiza) e o Português.
Após a independência de Portugal, a língua foi proclamada como o idioma oficial do país, e o latim bárbaro (correspondente escrito do romanço) foi banido dos textos jurídicos e governamentais.
No século XVI, a língua portuguesa se uniformiza e ganha as características do português atual. É o período da expansão lusitana, com as grandes navegações que levam à colonização do Brasil, e do surgimento da obra de Luis de Camões, o grande escritor clássico da língua.

BIBLIOGRAFIA:
CUNHA, Celso Ferreira da – Gramática da Língua Portuguesa.
NICOLA, José de/ TERRA, Ernani – Português Ensino Médio, Vol. 1, Editora Scipione, 1ª. Edição, 2000, São Paulo/SP.
ALBERGARIA, Lino de/FERNANDES, Márcia/ESPESCHIT, Rita – Português na Ponta da Língua 8ª. Série do Ensino Fundamental, Editora Dimensão, 2000, Belo Horizonte/MG.
SISTEMA UNO DE ENSINO, Diferencial Assessoramento ao Estudante, Apóstila 1, História, São Paulo/SP

Noções de Fonética e Fonologia

Noções de Fonética e Fonologia

LIÇÕES DE PORTUGUÊS
ROTEIRO DE ESTUDOS  2
I – TEMA: Noções de Fonética e Fonologia. Como são produzidos os sons usados na fala. O aparelho fonador e seu funcionamento.
II – PRÉ-REQUISITOS: Ler compreensivamente.
III – META: As atividades deste roteiro de estudos foram organizadas com o objetivo de esclarecer o modo como e onde são produzidos os sons usados na fala humana.
IV – PRÉ-AVALIAÇÃO: Se você já estudou alguma coisa a respeito do assunto de que trata este roteiro, você pode verificar o que realmente você sabe, respondendo à Auto-avaliação. Ela é o termômetro que vai medir a profundidade do seu conhecimento quanto ao assunto desta lição. Se você obtiver um mínimo de 80 pontos, parabéns! Você não precisa estudar esta lição. Caso contrário, aconselho-o que leia com bastante atenção as atividades de estudo, procurando entender as explicações dadas, referentes às questões que você não respondeu corretamente.
V – ATIVIDADES DE ESTUDOS: Ler com entendimento é pré-requisito para se aprender qualquer coisa através da leitura. Portanto, faça o seguinte:
1. Tenha um dicionário de Português à mão para consultá-lo sobre as palavras que você desconhece o significado;
2. Leia sem pressa. Procure um lugar sossegado para ler os textos e fazer os exercícios. Lembre-se: a pressa é inimiga da perfeição! Aquilo que você entender, jamais esquecerá!
3. Leia primeiros os textos; faça os exercícios logo em seguida; compare suas respostas com o gabarito; veja o que você errou e retorne ao texto para verificar o porquê do erro.
VI – PÓS-AVALIAÇÃO: Após ter feito a leitura compreensiva dos textos e feitos os exercícios, responda às questões da avaliação proposta na Auto-Avaliação. Creio que você agora acertará todas. Caso isso não aconteça consulte as orientações dadas nas Atividades Suplementares.
VII – ATIVIDADES SUPLEMENTAR:  Se você não conseguiu alcançar 80 pontos na Pós-Avaliação, não desanime. Volte à leitura dos textos. Sem pressa. Leia também o Texto da Leitura Suplementar. Tenha ao seu lado um dicionário para consultar algumas palavras que você não conhece.
ANEXO   A     –    NOÇÕES DE FONÉTICA E FONOLOGIA
Quando transmitimos o que estamos pensando ou sentindo, podemos fazê-lo de diversas maneiras.
Utilizando a palavra, estamos usando a língua, no nosso caso a Língua Portuguesa.
Como a maioria das línguas, a língua portuguesa pode ser usada sob duas formas: a falada e a escrita.
Usando a língua falada, empregamos os sons da nossa voz, os quais igualmente agrupados ou isolados, formam palavras que servem, assim, para a transmissão oral de nossas mensagens.
Usando a língua escrita, empregamos sinais gráficos, que também formam palavras e servem para transmissão escrita de nossas mensagens.
Na transmissão oral, usamos FONEMAS. Na transmissão escrita, usamos LETRAS.
Portanto:
FONEMAS são os sons da voz humana utilizados para formar palavras na comunicação oral.
LETRAS são sinais gráficos  (escritos) que representam os fonemas  (sons).  São utilizados para formar palavras na comunicação escrita.
Nem todo som emitido pela voz humana é utilizado para compor palavras.
Os sons, para serem entendidos como palavras, precisam ser emitidos numa seqüência determinada. Caso contrário, o ouvinte poderá não entender o que ouve.
Várias ciências estudam os sons da fala em seus variados aspectos. Entre as principais, temos:
Fonética – que estuda como os sons da fala são produzidos.
Fonologia – que estabelece os princípios e caracteriza as seqüências dos sons permitidas e excluídas na língua.
VOCABULÁRIO
Gráfico – relativo à grafia, escrita.
Aspectos – características
EXERCÍCIOS
A) Responda de acordo com o texto:
1. O que é fonema?_____________________________________________
2. O que é letra? _______________________________________________
B) Marque F  ou  V, conforme seja falsa ou verdadeira a afirmativa:
1. (   ) Basicamente, as línguas usam duas formas de transmissão: a falada e a escrita.
2. (   ) Qualquer som pode ser usado na comunicação oral de uma Língua.
3. (   ) Os sinais gráficos são usados para representar, na comunicação escrita, os sons utilizados na fala.
4. (   ) Letra e fonema são a mesma coisa.
5. (   ) Fonemas são sinais gráficos utilizados na transmissão oral de uma mensagem.
6. (   ) Letra são os sons da voz humana utilizados na transmissão escrita de uma mensagem.
7. (   ) Fonética é a ciência que estuda como os sons da fala humana são produzidos.
8. (   ) Fonologia é a ciência que determina as regras e as seqüências dos sons que podem ser usados para formar palavras.
GABARITO:
Questão A: 1. São os sons da voz humana usados para formar palavras na comunicação  oral.
2. São sinais gráficos que representam os fonemas, na comunicação escrita.
Questão B: 1.(V)   2.(F)   3.(V)   4.(F)    5.(F)    6.(F)   7.(V)   8.(V)
ANEXO B   –    COMO SÃO PRODUZIDOS OS SONS USADOS NA FALA.
Os sons da nossa fala resultam quase todos da ação de certos órgãos do corpo humano sobre a corrente de ar que vem dos pulmões.
Para que o som seja produzido é necessário que:
1º. Haja uma corrente de ar (respiração);
2º. Exista um obstáculo encontrado por esta corrente de ar (cordas vocais, língua, dentes);
3º. Exista uma caixa de ressonância (cavidade bucal e fossas nasais).
Estas condições são criadas pelos órgãos da fala, cujo conjunto é chamado de APARELHO FONADOR.
VOCABULÁRIO
Obstáculo – embaraço, empecilho
Ressonância – vibração
EXERCÍCIOS
A) Enumere as três condições necessárias para que os sons da voz humana sejam produzidos:
1._____________________________________________________________
2._____________________________________________________________
3._____________________________________________________________
B) O que é aparelho fonador?
____________________________________________________________________________________________________________________________
GABARITO:
Questão A)
  1. Existência de corrente de ar;
  2. presença de obstáculos à passagem dessa corrente de ar;
  3. existência de caixas de ressonâncias.
Questão B) É o conjunto de órgãos do corpo humano que produzem os sons da fala.
ANEXO C    -    APARELHO FONADOR
O aparelho fonador é formado pelos seguintes órgãos:
a) os pulmões, os brônquios e a traquéia – órgãos do aparelho respiratório que fornecem a corrente de ar, matéria-prima da voz;
b) a laringe, onde se localizam as cordas vocais, que produzem a energia sonora utilizada na fala, e a glote;
c) as cavidades supralaríngeas (faringe, língua, dentes, cavidade bucal e fossas nasais), que funcionam como caixas de ressonância.
Antes de passarmos à descrição do funcionamento do aparelho fonador é necessário esclarecer que os órgãos que o compõe não têm como função única a produção dos sons da fala.
Na verdade, não existe nenhuma parte do corpo humano cuja única função esteja apenas relacionada à produção da fala.
Os órgãos que utilizamos para isso têm como função primeira, outras atividades diferentes como mastigar, engolir, respirar, cheirar, chupar, ouvir.
Depreende-se que a fala humana não é algo que o ser humano já possua quando nasce, mas é uma habilidade adquirida através do ouvir e do praticar. O que o ser humano tem é a capacidade de aprender a falar. Mas o código dessa fala ele precisa aprender com outras pessoas.
A prova maior disso são as pessoas consideradas mudas. Na realidade são mudas porque são surdas. Não conseguem emitir os sons da fala porque não os ouvem para praticá-los e assim, aprenderem a se comunicar através do som das palavras.
VOCABULÁRIO
Depreende-se – conclui-se
Supralarígeas – acima da laringe
EXERCÍCIOS
a) Na figura abaixo identifique pela numeração existente na figura, os órgãos indicados do aparelho fonador que participam da produção dos sons da fala:
  1. (      ) traquéia
  2. (      ) cordas vocais
  3. (      ) língua
  4. (      ) fossas nasais
  5. (      ) arcada dentária
B) Marque a única alternativa correta:
1. Os órgãos que compõem o aparelho fonador:
a. (  ) são os pulmões, o  coração e a língua
b. (  ) têm como única função produzir a voz humana
c. (  ) também exercem outras atividades como mastigar, engolir, chupar, cheirar, respirar.
2. O ser humano nasce:
a. (   ) sabendo falar uma língua
b. (   ) com a capacidade de aprender a falar várias línguas.
c. (   ) sabendo chupar, engolir, respirar, cheirar e falar.
C) Responda à pergunta justificando sua resposta:
Os mudos não falam porque são mudos ou porque são surdos? _________________________________________
GABARITO:
Questão A: a. ( 11 )   b. ( 18 )       c. ( 6 )      d. ( 1 )       e. ( 16/17 )
Questão B: 1. (C)     2. (B)
Questão C: Os mudos não falam porque são surdos, isto é, não conseguem emitir os sons da fala porque não aprenderam esses sons por causa de algum impedimento no seu aparelho auditivo (ouvido).
ANEXO D   –    FUNCIONAMENTO DO APARELHO FONADOR
18. cordas vocais/glote
Observe a figura e tente acompanhar o trajeto da corrente de ar como vai sendo descrito:
O ar expelido dos pulmões, através dos brônquios, penetra na traquéia(¹¹) e chega à laringe(14), onde ao atravessar a glote(18), costuma encontrar o primeiro obstáculo à sua passagem.
A glote(18), que fica na altura do chamado pomo-de-adão ou gogó, é a abertura entre duas pregas musculares das paredes superiores da laringe. Essas pregas são conhecidas como cordas vocais(18).
O fluxo de ar pode encontrá-las fechadas ou abertas, caso as bordas dessas pregas estejam mais fechadas ou mais abertas. No primeiro caso o ar força a passagem através das bordas das cordas vocais retesadas, fazendo-as vibrar e produzir o som musical característico das articulações sonoras. No segundo caso, as bordas das cordas vocais estando relaxadas (abertas), o ar passa livremente sem produzir nenhuma vibração. O som assim produzido é chamado de surdo.
A distinção entre o som sonoro e surdo pode ser percebida na pronúncia de duas consoantes que mais os identificam. Tente pronunciá-las:
/b/ = sonoro      babo                             /p/ = surdo        papo
Ao sair da laringe, a corrente expiratória entra na cavidade faríngea(7), uma encruzilhada, que oferece duas vias de acesso ao exterior do corpo: o canal bucal(5), e o nasal(1). Suspenso entre esses dois canais fica o véu palatino(3), órgão dotado de mobilidade capaz de impedir ou não o ingresso do ar na cavidade nasal e, consequentemente, de determinar a natureza oral ou nasal do som. Compare a pronúncia das palavras abaixo:
/ãbitu/   âmbito   -  lã                          /ábitu/   hábito    -  lá
Apenas o som nasal da vogal é que modifica o sentido das palavras.
Este fenômeno da língua é estudado pela LINGUÍSTICA que “é a ciência que investiga os fenômenos relacionados à linguagem e busca determinar os princípios e as características que regulam as estruturas das línguas.”
É, porém, na cavidade bucal que se produzem os mais variados sons, graças à mobilidade dos maxilares, das bochechas e especialmente da língua e dos lábios.
EXERCÍCIOS
A) Complete as lacunas:
1. Quando a corrente de ar que vem dos _____________ chega à laringe e encontra as ____________ mais fechadas, produz uma vibração _____________.
2. Se a corrente de __________  encontrar as cordas vocais relaxadas, ela passará livremente por esta abertura produzindo uma vibração__________
3. Quando a corrente de ar chega à faringe, ela pode sair pela ____________  ou pelo ___________
4. Quando a corrente de ar sai pela boca, o som que é produzido é chamado de __________
5. Quando a corrente de ar sai pelo nariz, o som produzido é chamado de ____________
6. O órgão que impede ou permite a saída da corrente de ar pelo nariz é chamado de ________
GABARITO:
1. pulmões, cordas vocais, sonora         2. ar, surda       3. boca, nariz       4. oral        5. nasal           6. véu palatino

AUTO-AVALIAÇÃO
a) O que é fonema?________________________________________________________________
b) O que é letra?___________________________________________________________________
2. Marque F ou V, conforme seja falsa ou verdadeira a afirmativa:
a. (   ) Basicamente, as línguas usam duas formas de transmissão: a falada e a escrita.
b. (   ) Qualquer som pode ser usado na comunicação oral de uma língua.
c. (   ) Os sinais gráficos são usados para representar, na comunicação escrita, os sons utilizados na fala.
d. (   ) Letra e fonema são a mesma coisa.
e. (   ) Fonemas são sinais gráficos utilizados na transmissão de uma mensagem.
f. (   ) Letras são os sons da voz humana utilizados na transmissão escrita de uma mensagem.
g. (   ) Fonética é a ciência que estuda como os sons da fala humana são produzidos.
h. (   ) Fonologia é a ciência que determina as regras e as seqüências dos sons que podem ser usados para formar               palavras.
3. Liste as três condições necessárias para que os sons da voz humana sejam produzidos:
a._________________________________________________________
b._________________________________________________________
c._________________________________________________________
4. O que é aparelho fonador?_______________________________________________________________
5.Na figura do Anexo D, identifique através da numeração existente na figura, os órgãos indicados do aparelho fonador que participam da produção dos sons da fala:
a.(   ) traquéia
b.(   ) cordas vocais
c.(   ) língua
d.(   ) fossas nasais
e.(   ) véu palatino
6. Marque a única alternativa correta:
A. Os órgãos que compõem o aparelho fonador:
1. (   ) são os pulmões, o coração e a língua.
2. (   ) têm como única função produzir a voz humana.
3. (   ) também exercem outras atividades como mastigar, engolir, chupar, cheirar, respirar.
B. O ser humano nasce:
1.(   ) sabendo falar uma língua
2.(   ) com a capacidade de aprender a falar várias línguas.
3. (   ) sabendo chupar, engolir, respirar, cheirar e falar.
7. Complete as frases utilizando algumas das palavras do quadro abaixo:
esôfago -  nasal – véu palatino – coração – boca – surda – nariz – ar – cordas vocais – pulmões – epiglote – faringe – oral – sonora
a. Quando a corrente de ar que vem dos _____________ chega à laringe  e encontra as _________________ mais fechadas, produz uma vibração ________
b. Se a corrente de ar encontrar as cordas vocais relaxadas, ela passará livremente por esta abertura produzindo uma vibração ____________
c. Quando a corrente de ar chega à faringe, ela pode sair  pela ________ ou pelo ________
d. Quando a corrente de ar sai pela boca, o som que é produzido é chamado de __________
e. Quando a corrente de ar sai pelo nariz, o som que é produzido é chamado de ___________
f. O órgão que impede ou permite a saída da corrente de ar pelo nariz é chamado de _____________
GABARITO: Faça sua auto-correção, atribuindo 3,3 pontos para cada acerto. Se você obteve 80 pontos, está apto para seguir em frente.
QUESTÃO 1:    a. São os sons da voz humana usados para formar palavras na comunicação oral.
b. São sinais gráficos que representam os fonemas, na comunicação escrita.
QUESTÃO  2: a. (V)     b.(F)     c.(V)      d.(F)    e.(F)     f.(F)      g.(V)       h.(V)
QUESTÃO 3:     a. Existência de corrente de ar
b. presença de obstáculos á passagem dessa corrente de ar
c. existência de caixas de ressonância
QUESTÃO 4: É o conjunto de órgãos do corpo humano que produzem os sons da fala.
QUESTÃO 5: a. (11)     b.(18)    c.(6)      d.(1)       e.(3)
QUESTÃO 6: a. 3      b. 2
QUESTÃO 7.
a. pulmões, cordas vocais, sonora
b. surda
c. boca, nariz
d. oral
e. nasal
f. véu palatino
LEITURA SUPLEMENTAR.
O APARELHO FONADOR
Os órgãos que utilizamos na produção da fala não têm como função primária a articulação dos sons. Na verdade, não existe nenhuma parte do corpo humano cuja única função esteja apenas relacionada com a fala. As partes do corpo humano que utilizamos na produção da fala têm como função primária outras atividades diferentes como, por exemplo, mastigar, engolir, respirar ou cheirar. Entretanto, para produzirmos qualquer som de qualquer língua fazemos uso de uma parte específica do corpo humano que denominaremos de APARELHO FONADOR.
Com o objetivo de compreendermos o mecanismo de produção da fala e da articulação dos sons é que passamos, então, à descrição do aparelho fonador. Podemos dividir em três grupos, os órgãos do corpo humano que desempenham um papel na produção da fala: o sistema respiratório, o sistema fonatório e o sistema articulatório.
Consideremos cada um dos sistemas.
sistema respiratório consiste dos pulmões, dos músculos pulmonares, dos tubos brônquios e da traquéia. Encontra-se na parte inferior da glote, que é denominada cavidade infraglotal. A função primária do sistema respiratório é, obviamente, a produção da respiração.
sistema fonatório é constituído pela laringe. Na laringe localizam-se músculos estriados que podem obstruir a passagem da corrente de ar e são denominados cordas vocais. O espaço decorrente da não obstrução desses músculos laríngeos é chamado de glote. A função primária da laringe é atuar como uma válvula que obstrui a entrada de comida nos pulmões por meio do abaixamento da epiglote. A apiglote é a parte com mobilidade que se localiza entre a parte final da língua (ao fundo da garganta) e acima da laringe. O ato de engasgar envolve o fato de que a epiglote não obstruiu a entrada do alimento no sistema respiratório. O ar dos pulmões sai então, visando a impedir a entrada do corpo estranho (o alimento) no sistema respiratório.
sistema articulatório consiste da faringe, da língua, do nariz, dos dentes e dos lábios. Ou seja, das estruturas que se encontram na parte superior à glote. São várias as funções primárias desempenhadas pelos órgãos do sistema articulatório. Estas funções relacionam-se principalmente com o ato de comer e podemos salientar: morder, mastigar, sentir o paladar, cheirar, sugar, engolir.
Os três sistemas descritos acima caracterizam o aparelho fonador e são fisiologicamente responsáveis pela produção dos sons da fala. Levando-se em consideração as características fisiológicas do aparelho fonador, podemos afirmar que há um número limitado de sons possíveis de ocorrer nas línguas naturais. Isto se deve ao fato de ser fisiologicamente impossível articular um som em que a língua toque a ponta do nariz. Por outro lado, sons cuja articulação envolve a língua tocar os dentes incisivos superiores são atestados em inúmeras línguas. Em outras palavras, enquanto certas articulações são fisiologicamente impossíveis, outras são recorrentes.
Considerando-se, portanto, as limitações fisiológicas impostas ao aparelho fonador podemos dizer que o conjunto de sons possíveis de ocorrer nas línguas naturais é limitado. Na verdade, um conjunto de aproximadamente 120 símbolos é suficiente para categorizar as consoantes e vogais que ocorrem nas língua naturais.
Considerando que seres humanos sem patologia apresentam um aparelho fonador semelhante, podemos deduzir que toda e qualquer pessoa sem deficiências fisiológicas é capaz de pronunciar todo e qualquer som em qualquer língua. Tal afirmação é verdadeira. Porém, parece que na adolescência a capacidade das pessoas de articularem sons novos (de línguas estrangeiras) passa a ser reduzida. Precisar exatamente esta idade e as razões que levam a essa perda da capacidade de produção de sons novos, certamente nos levaria muito além do objetivo deste livro. O que podemos explicar aqui é o fato de que a maioria das crianças que venham a estar expostas a uma segunda língua falará esta língua sem qualquer sotaque.
Adultos que sejam expostos a uma segunda língua, quase que em sua totalidade apresentam sotaque com características de sua língua materna.
(Thaís Cristófaro Silva, Fonética e Fonologia do Português, pág. 24 e 25)
VOCABULÁRIO
Articulação – união, junção, pronúncia clara dos sons
Estriados – que possui sulcos, ondulações
Obstruir – fechar, tapar, impedir a passagem
Obstrução – impedimento
Fisiológicas – funções orgânicas próprias do corpo humano
Recorrentes – que se repetem
Patologia – modificação no corpo humano produzida por doenças
Deficiência – falta, carência, insuficiência
_____________________________________________________________________________________
BIBLIOGRAFIA
CUNHA, Celso Ferreira da – Gramática da Língua Portuguesa
SILVA, Thaís Cristófaro – Fonética e Fonologia do Português, Editora Contexto.

Som e fonemas. Alfabeto e letras

Som e fonemas. Alfabeto e letras

LIÇÕES DE PORTUGUÊS
ROTEIRO DE ESTUDOS  3
1 – TEMA: Som e Fonema. Classificação dos fonemas. O Alfabeto. Letras. Escrita fonética e alfabética.
2 – PRÉ-REQUISITO: a. Ler compreensivamente.
b. Ter noções de Fonética e Fonologia e da constituição e funcionamento do aparelho fonador.
3 – META: As atividades deste roteiro foram organizadas com o objetivo de oferecer condições de aprendizagem sobre a articulação dos diferentes sons utilizados na língua portuguesa e sua importância para a comunicação oral e escrita.
4 – PRÉ-AVALIAÇÃO: Se você já estudou alguma coisa a respeito do assunto de que trata este roteiro, você pode verificar o que realmente sabe, respondendo à Auto-Avaliação. Ela é o termômetro que vai medir a profundidade do seu conhecimento quanto ao assunto desta lição. Se você obtiver um mínimo de 80 pontos, parabéns! Você não precisa estudar esta lição. Caso contrário, aconselho-o que leia com bastante atenção os textos dos Anexos, procurando entender as explicações dadas, referentes às questões que não respondeu corretamente.
5 – ATIVIDADES DE ESTUDO: Ler com entendimento é pré-requisito para se aprender qualquer coisa através da leitura. Portanto, faça o seguinte:
  1. Tenha um dicionário de Português à mão para consultá-lo sobre as palavras que você desconhece o significado;
  2. Leia sem pressa. Procure um lugar sossegado para ler os textos e fazer os exercícios. Lembre-se: a pressa é inimiga da perfeição!
  3. Leia primeiro os textos; faça os exercícios logo em seguida; compare suas respostas com o gabarito; veja o que você errou e retorne ao texto para verificar o porquê do erro.
6 – PÓS-AVALIAÇÃO: Após ter feito a leitura compreensiva dos textos e feitos os exercícios, responda às questões da avaliação propostas na Auto-Avaliação. Creio que você agora acertará todas. Caso isso não aconteça, consulte as orientações dadas nas Atividades Suplementares.
7 – ATIVIDADE SUPLEMENTAR: Se você não conseguiu alcançar 80 pontos na Pós-Avaliação, não desanime. Volte à leitura dos textos. Sem pressa. Leia também o texto da Leitura Suplementar. Tenha ao seu lado um dicionário para consultar algumas palavras que você não conhece. A leitura com entendimento é a base da aprendizagem.
ANEXO A – SOM E FONEMA
Vimos no Roteiro de Estudo 2 que nem todo som emitido pela voz humana é utilizado para compor palavras, isto é, “nem todos os sons que pronunciamos em português tem o mesmo valor no funcionamento de nossa língua.” Nas palavras:
reis/ réis                   avô/avó                      lã/lá
a diversidade de timbre da vogal é suficiente para estabelecer uma diferença entre elas. Veja agora outros exemplos:
vá – má – dá – já – fá – pá – cá
temos sete palavras que se diferenciam apenas pela consoante.
Concluímos que existem sons capazes de estabelecer diferenças entre duas palavras. Para esses sons damos o nome de FONEMA. São, pois, fonemas os sons vocálicos e consonantais que diferenciam as palavras acima. Agora, observe as palavras:
lupa/pula           lapu/palu
Temos apenas os fonemas /l/, /u/, /p/, /a/. A localização de cada um deles é que identifica a palavra. Nos dois primeiros sabemos o que significa, mas nos dois últimos, não sabemos, isto é, não possuem significado.
Concluímos que o agrupamento dos sons também tem uma função identificadora.
É a função identificadora do fonema que permite reduzir os sons a um número limitado, para uso dentro de uma língua. É também por causa dessa função identificadora que podemos conhecer as famílias das palavras, sua origem, sua morfologia, etc.
VOCABULÁRIO
Timbre – abertura, altura e intensidade de um som
Morfologia – estudo da estrutura e formação  das palavras
EXERCÍCIOS
Coloque V  ou  F, conforme sejam verdadeiras ou falsas as afirmações:
a. (   ) Todos os sons produzidos em português são usados no funcionamento da língua.
b. (   ) O som aberto ou fechado de uma vogal, em português é fator de diferença entre as palavras.
c. (   ) Fonema são sons capazes de estabelecer diferenças entre duas palavras.
d. (   ) A localização de um fonema dentro da palavra não interfere no seu significado.
e. (   ) A seqüência dos fonemas nas palavras também é fator de interferência no seu significado.
f. (   ) Os sons das vogais e das consoantes e o agrupamento desses fonemas exercem função identificadora nas palavras, em português.
GABARITO:
a. ( F )        b. ( V )      c. ( V )      d. ( F )      e. ( V )          f. ( V )
ANEXO B  -  CLASSIFICAÇÃO DOS FONEMAS
Todas as línguas possuem vogais e consoantes. Mas, o que é vogal? O que é consoante?
Vamos recordar ligeiramente o que vimos no Roteiro de Estudo 2.
Vimos como é que funciona o aparelho fonador. Vimos que as cordas vocais podem estar mais abertas ou mais fechadas quando da passagem da corrente de ar que vem dos pulmões, o que as faz vibrar ou não vibrar. Vimos também que esta corrente de ar, quando chega à faringe, pode sair livremente pela boca ou pelo nariz. Quando a corrente de ar vibra as cordas vocais e sai livremente pela boca ou pelo nariz, temos aí um som vocálico.
Para você descobrir se está emitindo um som vocálico basta colocar sua mão no pescoço, à altura da garganta. Diga pausadamente: a, e, i, o, u. Se você sentir vibrações, saiba que o som produzido é de uma vogal. Observe também que você precisa deixar sua boca aberta para que a corrente de ar saia livremente: o som produzido é de uma VOGAL ORAL. Isto acontece porque o véu palatino está impedindo que a corrente de ar saia pelo nariz.
Agora diga: ã, ˜e, ĩ, õ, ũ. Coloque sua mão na garganta. Você sentiu a vibração? Pois bem, isto é também um som vocálico. Só que desta vez parte da corrente de ar está saindo pelo nariz, porque o véu palatino está impedindo que parte dela saia pela boca. Este som é chamado de VOGAL NASAL.
E como se reconhece que um fonema é uma consoante?
Experimente pronunciar os sons dessas letras: p, t, q. (apenas o som, sem juntar nenhuma vogal). Coloque sua mão na garganta. Sentiu alguma vibração das cordas vocais? Não? Pois bem, é porque as cordas vocais estão mais abertas ou relaxadas. Quando isso acontece, a corrente de ar vai direto para a boca. Aí, vai encontrar os lábios, os dentes e a língua que impedem que a corrente de ar saia livremente. O som, então, é produzido nessa caixa de ressonância (cavidade bucal) e é chamado de consonantal. Este som também pode ser produzido nas fossas nasais.
Portanto:
Consoantes são os fonemas resultantes do encontro da corrente de ar com obstáculos da cavidade bucal.
Tanto as vogais  como as consoantes podem ser reproduzidas na boca ou no nariz (apenas duas consoantes: m, n). São chamadas de orais ou nasais, dependendo lugar onde ressoam.
Vogais são fonemas produzidos pela fricção da passagem da corrente  de ar nas cordas vocais.
Classificação dos fonemas:
Orais: /a/, /e/, /ê/, /i/, /o/, /ô/, /u/
Vogais
nasais: /ã/, /˜e/, /ĩ/, /õ/, /˜u/
orais: /b/, /s/, /d/, /f/, /g/, /j/, /l/, /p/, /k/, /r/, /t/, /v/, /x/, /z/
Consoantes
nasais = /m/, /n/
Você deve ter notado que o “h” não figura nem entre as vogais e nem entre as consoantes. É que, sozinho, ele não representa nenhum fonema. O seu valor só existe junto do “n” e do “l” (nh – lh).
Também você deve ter notado que as formas C e Q não aparecem entre barras. Isto se deve ao fato de que estamos ainda tratando da representação fonética dos sons em português. Alguns sons possuem mais de uma representação gráfica na escrita das palavras.
Ex: casa = /kaza/  queijo /kêiju/
Veja que é o mesmo som /k/ mas com escrita diferente.
EXERCÍCIOS
1. Circule as palavras que tenham o fonema indicado:
a) consoante nasal:           pulga  -  cinema  -  salsa  -  nuca  -  amor
b)  vogal oral:        sim  -  cem  -  sabão  – assim   -  rico
c)  vogal nasal:    onda  -  rua  -  canto  -  mulher  -  surda
2. Identifique, circulando, as palavras que sejam formadas somente por consoantes e vogais orais:
cinema  -  dica  -  tarde  -  chuva  -  mamãe  -  sala  -  canjica  -  dado  -  sabão  -  cará  -  sela  -  pelo – multa – grito  -  lua  – careca  -  mato – frio  -  atlas  -  vila  -  pulo  -  suco – ajuda  zero  -  medo  -  dia – grave  -  vela  – bola  -  pia  -  luva  -  marca  -  pato – belo  -  grande  -  mundo  -  mudo  – caro
GABARITO:
1. a) cinema, nuca, amor          b) sabão, assim, rico        c) onda, canto
2. dica, tarde, chuva, sala, dado, cará, sela, pelo, grito, lua, careca, frio, atlas, vila, pulo, suco, ajuda, zero, dia, grave, vela, bola, pia, luva, pato, belo, caro
ANEXO C   –    O ALFABETO DA LÍNGUA PORTUGUESA
Você sabe como surgiram as palavras entre os homens? Observe a figura abaixo.
É a reprodução de figura pré-histórica, encontrada em uma caverna. Nela está  reproduzida uma cena da vida diária de caçadores da Idade da Pedra. Os homens passaram a gravar, nas pedras, os desenhos que, não só significavam as cenas do dia-a-dia, como também transmitiam a comunicação de suas idéias. Assim, o desenho do sol significava o tempo de realizar uma tarefa, o desenho de peixes simbolizava uma pescaria, e assim por diante. Esse foi o caminho encontrado para que os elementos da voz humana passassem a ser representados através de sinais especiais: as letras do alfabeto, também conhecidas como grafemas.
Provavelmente, assim nasceram as palavras escritas. Você já sabe que as letras são sinais gráficos que empregamos para escrever as palavras. O conjunto das letras denomina-se ALFABETO. O alfabeto da língua portuguesa possui 26 letras:
a, b, c, d, e, f, g, h, i, j, k, l, m, n, o, p, q, r, s, t, u, v, w, y, x, z.
As letras  k, w, y só se empregam em palavras derivadas de outras estrangeiras, em abreviaturas ou símbolos.
Ex.: Wagner;    watt (unidade de medida de energia);      km (quilômetro);      Y (símbolo de incógnita, numa equação)
Resumindo:
Grafemas ou letras são representações gráficas dos fonemas (sons) utilizados para escrever as palavras.
Alfabeto é o conjunto de grafemas (ou letras) usados na língua portuguesa.
Obs.: As letras k, w, y passaram a fazer parte do nosso alfabeto pelo acordo ortográfico entre os países que falam a língua portuguesa, que passou a vigorar a partir de jan/2009.
EXERCÍCIOS
Coloque V  ou  F  conforme seja verdadeira ou falsa a afirmação:
a. (  ) As palavras escritas surgiram pela necessidade do homem em registrar suas idéias.
b. (  ) Grafema e letra são a mesma coisa.
c. (  ) Alfabeto é o conjunto de grafemas de uma língua.
d. (  ) O alfabeto da língua portuguesa possui 23 grafemas.
e. (  ) As letras   k, w, y  são usadas, no português, em palavras de origem estrangeira, abreviatura ou símbolos.
GABARITO:        a. ( V )    b. ( V )    c. ( V )   d. ( V )     e. ( V )
ANEXO D   –   LETRAS. ESCRITA FONÉTICA E ALFABÉTICA.
Em português um fonema pode ser representado por:
  1. uma só letra.      Ex: mala =  [m], [a], [l], [a]
2. duas letras.         Ex: assa = [asa] do verbo assar                 carro = [kahu]
ss = [s]                                                      rr   = [h]
3. letras diferentes.  Ex: asa = [aza]       zelo = [zelu]              jejum = [žež˜u]      gigante = [žigãti]
s = [z]              z = [z]                            j  = [                            g = [ž]
Por isso é que em uma palavra pode haver:
  1. tantas letras quantos forem os fonemas.      Ex: saber              [s], [a], [b], [e], [h]
5 letras                  5 fonemas
2. mais letras e menos fonemas.      Ex: socorro         [s], [o], [k], [o],[h], [u]
7 letras                  6 fonemas
3. menos letras e mais fonemas.    Ex:     fixo         [f], [i], [k], [s], [u]
4 letras                 5 fonemas
Esta é uma das dificuldades da nossa língua quanto a sua representação gráfica. Isto se deve a vários fatores. Entre eles, citamos:
. a origem das palavras (grego ou latim);
. as alterações que os fonemas sofreram desde a sua origem até aos nossos dias.
Um exemplo disso é a palavra lago. Em latim: lacus [lakus]. Com o passar do tempo o [k] passou a ser [g]. Daí, lago. Em vista disso, os estudiosos e pesquisadores das línguas (lingüistas) definiram uma convenção (símbolo) única que pudesse simbolizar, na escrita, a pronúncia real de um fonema, de modo que qualquer pessoa possa relacionar o símbolo ao som e desse modo, articulá-los (pronunciá-los), mesmo que não saiba o significado da palavra ou não conheça a língua. É o que chamamos de ALFABETO FONÉTICO.
Quando se usa esses sinais numa transcrição fonética, os mesmos aparecem entre colchetes [ ], indicando assim a pronúncia real da palavra.
Temos, entretanto, que observar que estes sinais não podem substituir a escrita oficial das palavras de uma língua, porque como cada falante tem sua maneira própria de falar, não seria possível substituir o alfabeto como o conhecemos pelo alfabeto fonético e ensiná-lo nas escolas.
Por exemplo, o falar das pessoas que moram na região Norte do Brasil é diferente do falar das pessoas da região Sul, ou do Nordeste ou do Centro Oeste.
A seguir, apresentamos o alfabeto fonético utilizado para transcrever os sons do português.
VOGAIS ORAIS
SÍMBOLOESCRITA
OrtográficoFonéticoortográficafonética
A  a[a][pa]
E  e[ε][pε]
E  e[e]ipê[i'pe]
I  i[i]vi[vi]
O  o[⊃]avó[a'vÉ]
O  o[o]avô[a'vo]
U  u[u]uva['uva]

Obs: Usamos o símbolo ( ‘ ) para indicar a silaba forte (tônica) da palavra.
VOGAIS NASAIS
SÍMBOLOESCRITA
OrtográficoFonéticoortográficaFonética
ã/am/an[ã]Pão
Campo
canto
[pãu]
['kãpu]
['kãtu]
em/en[~e]empada
dente
[~e'pada]
['d~eti]
im/in[~i]sim
pinto
[s~i]
['p~itu]
õ/om/on[õ]põe
pompom
ponto
[põi]
[põ'põ]
['põtu]
um/un[~u]atum
mundo
[a't~u]
['m~udu]
Em português, temos 12 vogais, sendo que 7 são orais e 5 são nasais. A representação gráfica (grafema) é que varia, já dissemos linhas atrás, por causa da origem da palavra ou evolução da escrita e/ou do som.
EXERCÍCIOS
A. Preencha as lacunas com as vogais do alfabeto fonético que representam o fonema usado (o sinal ( ‘ ) indica a sílaba tônica):
1. pisa  ['p__z__]
2. forma ['f__hm__]
3. da  [d__]
4. colo  ['k__l__]
5. reza ['h__z__]
6. galo ['g__l__]
7. capaz [k__'p__s]
8. tango ['t___g__]
9. sede ['s__d__]
10. medo ['m__d__]
11. soja ['s__ž__]
12. vela ['v__l__]
B. Agora faça o contrário do exercício anterior. Preencha com as vogais do alfabeto ortográfico:
1. ['medu]  m__d__
2. ['baha]     b__rr__
3. [ka'pus]   c__p__z
4. ['soku]     s__c__
5. [ 'sistu]    c__st__
6. ['osu]       __ss__
7. ['isu]        __ss__
8. ['sustu]     s__st__
9. ['dedu]     d__d__
10. ['dadu]     d__d__
11. ['mitu]     m__t__
12. ['s⊃ku]   s__c__
GABARITO
A) 1. ['piza]      2. ['f⊃hma]    3. [da]      4. ['k⊃lu]     5. ['h εza]     6. ['galu]     7. [ka'pas     8. ['tãgo]
9. ['sedi] ou ['s εdi] (a 1ª, estar com sede, a 2ª, lugar principal)       10. ['medu]    11. ['s⊃ ža]    12. ['v εla]
B) 1. modo  2. barra   3. capuz   4. soco (substantivo)  5. cisto   6. osso    7. isso   8. susto      9. dedo
10. dado      11. mito   12. soco (verbo socar)
CONSOANTES
SÍMBOLOSESCRITA
ortográficoFonéticoortográficaFonética
b[b]bebê[be'be]
ç/c/s/ss[s]aço
cedo
seda
passo
['asu]
['sedu]
['seda]
['pasu]
d[d]dado['dadu]
f[f]faca['faka]
g[g]galo
guerra
['galu]
[gεha]
j/g[ž]
jia
gelo
[ža]
[žia]
['želu]
l[l]lado['ladu]
lh[λ]malha['maλa]
m[m]miado[mi'adu]
n[n]novato[no'vatu]
nh[ワ]banho['bãワu]
p[p]papo['papu]
c/q[k]calo
quilo
['kalu]
['kilu]
r[r]caro
quero
['karu]
['kεru]
r/rr[h]raro
carro
['haru]
['kahu]
t[t]tapete[ta'peti]
v[v]vela['vεla]
ch/x[∫]chave
xícara
['∫avi]
['∫ikara]
x/s/z[z]exército
asa
zelo
[e'zεhsitu]
['aza]
['zelu]
Os sons consonantais são 19. Alguns deles são representados por mais de uma letra, como você pode observar na tabela acima.
Esses são os sinais básicos para se transcrever a fala em português do Brasil. Existem sinais que se agregam a esses para representar os idioletos, isto é, a fala específica de cada indivíduo. Um exemplo clássico de idioleto é a pronúncia do “d” por um paraibano e por um nortista. Para se representar então esta particularidade usa-se [d] para o nordestino e [dž] para a fala nortista. Ex: dito, dia. Isto acontece por causa da maneira e lugar (estamos falando do aparelho fonador) onde esses sons são articulados. Entretanto não cabe aqui o estudo dessas particularidades. Caso alguém queira conhecer mais sobre isso deve fazer um curso de Lingüística ou ingressar num curso superior de Licenciatura em Letras.
Alfabetizar alguém é um trabalho que requer conhecimentos básicos de Fonética e Lingüística. O ensino do nosso código escrito, nas escolas brasileiras passou por várias reformas. Até a década de 1960 não havia ainda métodos de alfabetização baseados nos fonemas. As crianças aprendiam decorando o que se costuma chamar de famílias silábicas, que se constituem das sílabas formadas pelas consoantes+vogais (ba, be, bi, bo, bu).
Por isso, Luiz Gonzaga, famoso compositor e cantor nordestino escreveu a música “ABC do Sertão”, quando começaram a aparecer os primeiros métodos de alfabetização baseados nos fonemas da nossa língua.
Aprecie e cante.
ABC    DO    SERTÃO
Lá no meu sertão
Pros caboclo lê
Tem que aprender
Outro ABC
O jota é ji, o ele é lê
O esse é si
Mas o erre tem nome de rê
Até o ípsilon lá é pissilone
O eme é mê
O éfe é fê
O gê chama-se guê
Na escola é engraçado
Ouvir-se tanto ê
A, bê, ce, dê,
fê, guê, lê, mê
nê, pê, quê, rê
tê, vê, e zê.
AUTO-AVALIAÇÃO
1. As palavras solitário e  solidário distinguem-se por um único elemento.
a) Qual é esse elemento? __________________          b) Como é chamado?__________
2. Substitua o fonema em destaque por outro, formando novas palavras:
a) rio ___________    b) lar _______________________      c) bola _____________________
3. Assinale a palavra que possui:
a) mais letras e menos fonemas:              caneta – chave – mesa – casa
b) mais fonemas e menos letras:             campo – menino – lua – táxi
c) o mesmo número de fonemas e letras:          herói – ilha – fixo – tórax – cabelo
4. Preencha as lacunas com o símbolo do alfabeto fonético, das vogais que faltam:
a) suco  ['s__k__]
b) gole  ['g__l__]
c) quilo  ['k__l__]
d) suja  ['s__ž__]
e) vala  ['v__l__]
f) pesa  ['p__z__]
g) rosa ['h__z__]
h) dor [d__h]
5. Preencha as lacunas com o símbolo do alfabeto ortográfico, das vogais que faltam:
a) ['metu]      m__t__
b) ['pεsa]     p__ç__
c) ['sεha]      s__rr__
d) ['suha]       s__rr__
e) ['sapu]       s__p__
f) ['pozi]         p__s__
g) ['pכsi]      p__s__
h) ['tupã]       t__p__
6.  Escreva a forma ortográfica das palavras escritas em alfabeto fonético:
a) [fõ.'nε.ti.ka] ______________
b) [˜e.žẽ.'ŋכ.ka] _____________
c) [ka.'he.ta] ___________________
d) [sis.'tεh.na] ________________
e) ['pra.sa]  ____________________
f)  ['k ⊃.sε.gas] _______________
g) [žε.'la.du] __________________
h) [ka.dεh.nu] ________________
i) [es.'k⊃.la] __________________
7. Coloque F ou V conforme seja Falsa ou verdadeira a afirmativa:
a. (   ) Fonema é a menor unidade sonora capaz de estabelecer diferença entre as palavras de uma língua.
b. (   ) Todos os sons produzidos pela voz humana podem ser usados no funcionamento de uma língua.
c. (   ) O som aberto ou fechado de uma vogal, em português é fator de diferença entre as palavras.
d. (   ) Os sons vocálicos, em português, são 5 e os consonantais são 18.
e. (   ) A seqüência dos fonemas nas palavras é fator de interferência no seu significado.
f. (  ) Os sons das vogais e das consoantes e o agrupamento desse fonemas exercem função identificadora nas palavras.
g. (  ) O homem, primeiro se expressou por meio de sons, depois é que passou a registrar suas mensagens através de
sinais gráficos.
h. (  ) São 31 os fonemas usados em português, e representados por 26 letras.
i. (  ) Grafemas ou letras são símbolos usados para representar, na escrita, os sons de uma língua.
j. (   ) Chama-se idioleto as variações da fala de cada indivíduo.
l. (   ) Os fonemas, em português, podem ser orais e nasais.
GABARITO:  Faça sua auto-correção, atribuindo 1,66 pts para cada acerto. Se obtiver 80, pode seguir para o próximo roteiro.
Questão 1: a. [t] [d]     b. fonema
Questão 2: a) cio, fio, mio, pio, tio      b) bar, dar, mar, par       c) bala, bela, bula
Questão 3: a) chave    b) táxi    c) cabelo
Questão 4: a) [suku]     b) [gכli]    c) [kilu]    d) [suza]   e) [vala]    f) [pεza]   g) [hכza]    h) [doh]
Questão 5: a) meto       b) peça      c) serra    d) surra     e) sapo     f) pose       g) posse       h) tupã
Questão 6: a) fonética    b) engenhoca    c) carreta    d) cisterna    e) praça       f) cócegas
g) gelado      h) caderno        i) escola
Questão 7: a.(V)    b.(F)    c.(V)     d.(F)   e.(V)     f.(V)    g.(V)     h.(V)   i. (V)     j.(V)     l.(V)
LEITURA SUPLEMENTAR
SETE POVOS E UMA LÍNGUA
(Eduardo Szklarz, Estado de Minas, 11/04/1999, pág. 6)
APROVADO PELO CONGRESSO NACIONAL HÁ QUATRO ANOS, O ACORDO ORTOGRÁFICO DA LÍNGUA PORTUGUESA AGUARDA RATIFICAÇÃO E DESPERTA POLÊMICA
O trema deixa de existir, “idéia” perde o acento e “lêem” vira “leem”. Essas são algumas das mudanças trazidas pelo novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, que pretende unificar a escrita nos três continentes em que ela é oficial – África, América e Europa. Aprovado pelo Congresso Nacional em 18 de abril de 1995, o acordo entra em vigor assim que for ratificado por todos os demais membros da CPLP – Comunidade dos Países de Língua Portuguesa: Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe.
“Somos a única língua escrita de modo diferente nos países que a adotam. Isso é um absurdo”, justifica Francisco de Mello Franco, diretor do instituto que leva o nome do grande idealizador das mudanças: o filólogo Antônio Houaiss, morto no início de março. Para alguns, é chegada a hora de roçar a língua na língua de Luís de Camões, como queria Caetano Veloso; para outros, o acordo ortográfico não passa de uma imposição sem sentido, já que a língua é um organismo vivo e não pode ficar engessada por regras comuns de nações diferentes.
Comparado com o Brasil, Portugal vai sentir mais as mudanças. Aqui, por exemplo, consoantes mudas como “c” de “accessível” já não existem há vários anos, e outras alterações previstas no acordo já aconteceram por mero desuso. Fonte inesgotável de dúvidas, a aplicação do hífen continuará sendo um bicho-de-sete-cabeças: há uma infinidade de casos numa lista que ocupa sete páginas do documento. Que venham as “micro-ondas” e os “antirreligiosos”! As múltiplas formas para o som de “s” também prosseguem com toda a solenidade, já que o documento não suprime “sc”, “ss” e outras formas que produzem exageros como “exceção”.
O acordo ortográfico é fruto de uma longa discussão entre a Academia Brasileira de Letras e a Academia de Ciências de Portugal. Assinado em Lisboa em 16 de dezembro de 1990, ele deveria entrar em vigor em 1º de janeiro de 1994 – mas o prazo estourou porque ainda dependia da aprovação de alguns países signatários. Ano passado (1998), a CPLP aprovou o Protocolo Modificativo do Acordo Ortográfico, que adiou sua implantação por tempo indeterminado – até a ratificação geral -, e convocou os membros para a elaboração de um vocabulário ortográfico comum. Enquanto não são postas em prática, as alterações recebem a análise de professores, estudiosos e escritores.
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ANTAGONISTA DECLARADO
Doutor em Letras pela USP e professor da Universidade Federal de São Carlos, Deonísio da Silva não vê com bons olhos o acordo ortográfico. “Como escritor e professor de Letras, acho que essa é mais uma reforma sem critério”, ele avalia. “Vemos uma submissão à padronização que a informática está querendo, e o acordo ortográfico não deveria se guiar por ela. Precisamos de estudos muito mais amplos, em vez de apenas análises feitas em gabinetes por pessoas nem sempre qualificadas.”
O professor diz que as diferenças apontadas pelo acordo, como a anulação do trema, são de pequena importância. “Mesmo assim, se o tirarmos, vamos ter que ler ‘tranquilo’ [trãkilu] e ‘frequente’ [freke~ti]”, afirma.  Para Deonísio, o Brasil perde muito com essa ortografia equivocada porque o aluno que não escreve o léxico corretamente se atrapalha mais ainda na sintaxe.
Deonísio da Silva acredita que outras mudanças seriam mais relevantes. “Por motivos não científicos, o português grafou inúmeras formas para o mesmo som de ‘s’. Entre elas ‘ss’, ‘ç’, ‘x’, ‘sc’,  e  ‘z’. Isso, sim, deveria ser padronizado: o som de ‘s’ seria escrito só com ‘s’. ‘Nariz’ seria escrito com ‘s’, e assim por diante.” Para o professor, o critério da grafia gera dificuldades porque o português ainda está preso à língua-mãe, o latim. “Por uma fidelidade quase canina à etimologia, grafamos o mesmo som de modos diferentes”, assinala.
O professor lembra  que a língua portuguesa está para completar seu primeiro milênio de existência – em 1098 já havia um texto autônomo no idioma – e chegou a hora de alcançar sua autonomia. “No século XVI foi feita a primeira gramática, muito à luz da latina. Ou seja, até então vivemos muito bem falando a língua. Quando fizemos a gramática, não tínhamos o conhecimento que hoje temos para simplificá-la.”
Ele defende uma língua que se aproxime da fala, como o alemão – “que é quase artificial”. No século XIV, a Corte de Praga decidiu que o latim não correspondia mais à língua dos germânicos e sistematizou o seu uso. “Os alemães escrevem tudo o que pronunciam e vice-versa. Meu nome, Deonísio, deveria ser grafado com ‘z’. Vamos parar com isso: o aluno pergunta por que ‘casa’ é escrita com ‘s’, e o professor responde que ‘s’ entre vogais tem som de ‘z’. Mas o que dizer de ‘trânsito’?”
Para Deonísio da Silva, as línguas de Brasil, Portugal e Guiné-Bissau não são as mesmas. “A boceta aqui virou algo terrível, mas em Portugal ela continua a ser uma caixinha. Vemos os escritores brasileiros do século XIX dizendo que abriram a boceta e cheiraram o rapé”, argumenta. “Acho que não escrevo na língua de José Saramago. Há muitas palavras diferentes. Entendo um português na mesma proporção que entendo um uruguaio.”
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BIBLIOGRAFIA
CUNHA, Celso Ferreira da –Gramática da Língua Portuguesa
SILVA, Thaís Cristófaro – Fonética e Fonologia do Português, Editora
Contexto
GONZAGA, Luis – ABC do Sertãowww.cifras.art.br
ALBERGARIA, Lino de/FERNANDES, Márcia/ESPESCHIT, Rita – Português na
Ponta da Língua, 8ª. série, Editora Dimensão, Belo Horizonte, 2000